quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A difícil reconstrução económica da Europa

Com o fim da guerra, a economia europeia entrou num período de grande instabilidade, e a reconstrução e reconversão económicas dos países europeus foi difícil, gerando o endividamento externo e interno e a desvalorização monetária, bem como graves crises inflaccionistas. Com as perdas humanas e a destruição da cultura e da indústria, a Europa foi ainda obrigada a fazer empréstimos e a importar dos EUA. Os países que mais sofreram com isto foram os vencidos, principalmente a Alemanha, que tinham ainda de pagar elevadas indemnizações de guerra.
Mesmo os Estados cujo território não fora destruído sentiram dificuldades devidas à desorganização do comércio internacional, pois antes era a Europa que mantinha este comércio, mas com a perda das mercados internacionais, o Japão e os EUA passaram a ter o controlo. Apesar de tudo, mesmo estes últimos sentiram o esforço quando se verificou a crise de 1920-21 provocada pela acumulação de stocks, falências, deflação e desemprego. Isto por havia um excesso de produção que não era escoado, já que os países não tinham dinheiro para importar tanto. Só a estabilização da moeda e a resolução das crises inflaccionistas saneou a vida financeira dos vários países.


A partir de 1923, porém, verificou-se um crescimento e desenvolvimento económicos nos EUA nos moldes do capitalismo liberal: exploração de novas matérias-prima como a electricidade e o petróleo, aperfeiçoamento do processo produtivo (estandardização, taylorismo e fordismo), exploração de novos ramos industriais e relançamento da agricultura, bem como o fomento do consumo em massa pela venda a crédito (que originava mais consumo e, como consequência, mais lucro) e da publicidade.
Chamou-se a este crescente desenvolvimento, a "era da prosperidade" nos EUA, que os tornou os grandes credores e fornecedores da Europa, acentuando a sua dependência em relação aos primeiros.

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